Quando falamos de Béla Tarr, um dos diretores mais influentes da Hungria, conhecido por seu ritmo pausado e imagens hipnóticas. Também chamado de diretor de cinema experimental, ele transforma longas sequências em poesia visual.
O estilo que define sua obra se chama cinema lento, uma abordagem que privilegia plano‑a‑plano prolongado, silêncio e atmosfera densa. Esse método exige paciência, mas recompensa quem acompanha com atenção, revelando camadas de significado que desaparecem em cortes rápidos. Béla Tarr usa o cinema lento para explorar a alienação urbana e a luta humana, como mostra o clássico Sátántangó, uma saga de quatro horas que segue personagens perdidos numa aldeia pós‑comunista. A obra demonstra como a narrativa pode se estender sem perder o foco, conectando passado e presente em um fluxo contínuo.
Além de Sátántangó, Tarr dirigiu The Man from London (2007) e The Turin Horse (2011). O último, The Turin Horse, um drama minimalista sobre um pai e uma filha que enfrentam a dureza da vida rural, exemplifica a ideia de que o cotidiano pode ser tão dramático quanto um espetáculo épico. Cada filme revela a mesma fórmula: câmera estática, diálogos escassos e atenção ao detalhe sonoro, o que reforça a conexão entre cinema lento e realismo poético. A influência de Tarr se espalha para diretores como Andrei Tarkovsky e Apichatpong Weerasethakul, que também valorizam o tempo como personagem.
Para quem quer entender o legado de Béla Tarr, basta observar três elementos recorrentes: 1) planos longos que criam imersão, 2) uso de luz natural para reforçar a atmosfera, e 3) personagens que dialogam mais com o ambiente do que entre si. Esses atributos tornam sua filmografia um ponto de referência para estudantes de cinema, críticos e fãs que buscam algo além do entretenimento rápido.
Nos artigos abaixo você encontrará análises de cada filme, entrevistas exclusivas, e discussões sobre como o cinema lento mudou a forma de contar histórias no cinema mundial. Continue a leitura para descobrir como Béla Tarr ainda inspira novas gerações de cineastas e espectadores atentos.
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