Todo mundo já ouviu falar de evitar passar porbaixo de escadas ou de levar quatro folhas de trevo para ter sorte. Essas ideias são chamadas de superstições. Elas não têm base científica, mas fazem parte da cultura de muitas pessoas e aparecem em todo tipo de situação, desde um jogo de futebol até a escolha de um número da loteria.
Mas por que a gente continua acreditando nessas coisas? A resposta está na combinação de tradição, medo do desconhecido e a sensação de controle que elas dão. Quando algo parece estar fora de nosso alcance, um pequeno gesto – como tocar em madeira – pode fazer a gente se sentir mais seguro.
As superstições surgem há séculos. Muitos dos primeiros registros vêm de religiões antigas, onde rituais eram usados para afastar espíritos malignos ou garantir colheitas boas. Com o tempo, esses rituais ficaram mais simples e se espalharam pelo mundo, ganhando novas formas de acordo com a cultura local.
No Brasil, a mistura de influências indígenas, africanas e europeias criou um repertório único. Por exemplo, a ideia de que cruzar o caminho de um gato preto traz azar tem raízes na Idade Média europeia, mas foi adotada aqui e ainda é muito citada em festas e jogos.
Algumas superstições são praticamente universais, enquanto outras são bem específicas do nosso país. Aqui vão as mais comuns:
Essas crenças são passadas de geração em geração, principalmente em momentos de ansiedade, como partidas decisivas de futebol ou exames importantes.
Vale lembrar que, embora a maioria das superstições seja inofensiva, algumas podem gerar medo excessivo ou comportamentos irracionais. Por isso, é bom usar o bom senso: se algo não faz mal a você ou a ninguém, não há problema em manter a tradição por diversão.
No final das contas, a superstição é mais sobre cultura e identidade do que sobre realidade. Cada hábito carrega uma história que ajuda a gente a se conectar com o passado e com as pessoas ao nosso redor.
Então, da próxima vez que alguém lhe pedir para tocar em madeira, pense no que isso representa: um pequeno ritual que nos lembra que somos parte de algo maior, mesmo que só por alguns minutos.
Um torcedor dedicado do Guarani, clube de futebol brasileiro, está oferecendo caronas para manter uma superstição relacionada aos jogos realizados em casa. Essa prática, que começou por acaso, visa replicar as condições sob as quais o time tem tido sucesso recente. A iniciativa tem sido bem recebida pelos outros torcedores e destaca o compromisso e a originalidade do fã.