Um hit que atravessa fronteiras
Desde a estreia, Polaris vem batendo recorde de visualizações no Disney+. A trama, que mistura thriller político com drama pessoal, tem Jun Ji-hyun no papel de Seo Moon-joo, uma embaixadora da ONU que decide concorrer à presidência sul‑coreana. Em poucos dias a série chegou ao topo das listas de audiência na Coreia do Sul, mas também dominou os rankings da Coreia do Norte, Hong Kong, Japão, Taiwan, Cingapura e Turquia.
O investimento da Disney+ nesse projeto foi gigantesco. Cada episódio custou bem mais que a produção anterior, "Moving", e parte desse orçamento foi gasto apenas com os cachês dos atores principais, que ficaram entre 300 e 400 milhões de won por capítulo.
Além do sucesso nos números, a série vem sendo citada como um dos principais vetores da estratégia da Disney+ para desafiar a hegemonia da Netflix no mercado coreano. A combinação de um elenco consagrado, roteiro bem estruturado e produção de alta qualidade tem atraído espectadores de todas as idades.
Polêmica e protestos na China
Ao mesmo tempo que coleciona fãs, Polaris gerou uma forte reação nas redes chinesas. Um trecho específico, em que a personagem de Jun Ji-hyun faz comentários sobre a possibilidade de conflito nuclear nas fronteiras da China, foi isolado e compartilhado em plataformas como Weibo e Bilibili. Usuários acusaram a série de fazer propaganda anti‑China e organizaram protestos virtuais.
Vale notar que o Disney+ ainda não tem licença oficial para operar na China. A maioria dos internautas que assistiu ao conteúdo o fez por meio de VPNs ou cópias não autorizadas. O professor Seo Kyung‑duk, da Sungshin Women’s University, criticou duramente a postura desses usuários, afirmando que eles “roubaram conteúdo e agora reclamam sem vergonha”. Segundo ele, quem tem reclamações legítimas deveria direcioná‑las à Disney+ ou à produtora, e não aos atores.
A repercussão também atingiu a vida profissional de Jun Ji-hyun. Anúncios que ela teria para marcas chinesas foram cancelados, embora a equipe da atriz insista que essas decisões foram tomadas antes da estreia de Polaris e não têm relação direta com a polêmica.
Mesmo com a tensão, a série segue sendo lançada duas vezes por semana, mantendo o ritmo de nove episódios. A audiência continua alta, mostrando que o público ainda está interessado na história, independentemente das controvérsias.
Comentários (7)
Eliete medeiros Medeiros
setembro 26, 2025 AT 18:10
Polaris tá arrasando mesmo! 💥 Seo Moon-joo é a heroína que a TV coreana precisava! Toda essa política + drama pessoal? Perfeito! 🙌
Henrique Silva
setembro 28, 2025 AT 09:39
não entendi pq a china tá fazendo escândalo. é só uma série, né? a atriz nem é chinesa.
bruno de liveira oliveira
setembro 28, 2025 AT 13:57
É interessante observar como a produção da Disney+ está apostando em narrativas globais com personagens fortemente ancoradas em contextos locais. A escolha de Jun Ji-hyun como protagonista não é acidental - ela carrega um peso cultural e político que transcende a atuação. O fato de a série ter sido assistida na China via VPNs revela uma contradição interessante: o público consome o conteúdo, mas rejeita a mensagem. Isso mostra que a fronteira entre entretenimento e propaganda está cada vez mais tênue, especialmente quando envolve temas sensíveis como soberania e segurança nacional. A crítica do professor Seo Kyung-duke é pertinente: a ira deveria ser direcionada aos detentores dos direitos, não aos artistas. Afinal, atores interpretam, não escrevem.
Belinda Souza
setembro 28, 2025 AT 18:45
Essa série é só mais um exemplo de ocidentalização disfarçada de 'cultura asiática'. 🤦♀️ A Disney tá usando a Coreia do Sul pra vender uma narrativa que serve aos seus interesses geopolíticos. E agora ainda querem que a gente agradeça? 😒
Luiza Beatriz
setembro 30, 2025 AT 13:57
CHINA TÁ COM MEDO PORQUE A SÉRIE MOSTRA QUE A COREIA DO SUL PODE SER MAIS FORTE QUE ELA. 🇰🇷🔥 Eles não suportam ver uma mulher forte, inteligente e líder sendo celebrada - isso quebra o modelo patriarcal que eles impõem. Se fosse um homem, eles nem ligavam. Mas mulher? Ah, aí é 'propaganda anti-China'! Pfffft. #PolarisÉCORAGEM
Jose Alonso Lacerda
outubro 2, 2025 AT 03:01
E se essa série for uma arma psicológica da CIA disfarçada de drama? Toda essa atenção na fronteira com a China... o timing é suspeito. A Disney+ tá sendo usada como ferramenta de influência. E os cachês altos? Dinheiro sujo de fundos ocultos. Jun Ji-hyun pode até ser inocente, mas ela tá no meio de um jogo muito maior. VPNs? Tá, mas e se elas forem monitoradas? E se o conteúdo for usado pra mapear dissidentes? 🕵️♂️
Hanna Pedroza
outubro 3, 2025 AT 23:50
A crítica à China é válida, mas a forma como alguns reagem é exagerada. A série é ficção, e o público que a assiste por meios ilegais não tem moral para reclamar da mensagem. A Disney+ não é responsável por como o conteúdo é interpretado em ambientes não regulamentados. A atriz merece respeito, não boicotes baseados em suposições.