Klaus Schwab deixa presidência do Fórum Econômico Mundial após mais de 50 anos

Klaus Schwab deixa presidência do Fórum Econômico Mundial após mais de 50 anos

Klaus Schwab encerra uma era no Fórum Econômico Mundial

Quando Klaus Schwab anunciou, aos 87 anos, que deixaria o cargo de presidente do conselho do Fórum Econômico Mundial (WEF), ninguém no universo dos negócios internacionais ficou realmente surpreso. Afinal, o economista alemão passou mais de meio século no comando da organização que criou e nunca perdeu o protagonismo nos debates globais sobre economia, política e tecnologia. Mas o impacto da sua saída é enorme: ninguém influenciou tanto o perfil e o funcionamento do WEF como Schwab.

O anúncio veio em 20 de abril de 2025, durante uma reunião extraordinária do conselho. Imediatamente, Schwab confirmou que participará apenas do processo de transição. Para ocupar o posto até a chegada de um sucessor definitivo, o conselho nomeou, também de forma imediata, Peter Brabeck-Letmathe, figura experiente e já consolidada como vice-presidente da instituição.

De Davos para o mundo: o legado de Schwab e os desafios do Fórum Econômico Mundial

Fundado em 1971, o Fórum Econômico Mundial nasceu na Suíça com a ideia de acolher dirigentes políticos e chefes das maiores empresas — um espaço para conversas sobre o que realmente move (e preocupa) o planeta. Schwab sempre defendeu o diálogo aberto entre governo e setor privado, apostando que grandes transformações só viriam da cooperação internacional. O encontro anual em Davos, cidadezinha alpina que virou sinônimo de debates de alto nível, se tornou símbolo desse esforço.

Mas esse formato exclusivo trouxe críticas quase tão tradicionais quanto o próprio evento. Muitos veem Davos como uma espécie de clube fechado, onde bilionários e líderes políticos conversam longe do olhar popular e estabelecem prioridades distantes da realidade comum. Discussões sobre desigualdade, mudança climática e novos modelos econômicos sempre aparecem na agenda, mas há cobranças constantes sobre a real efetividade dos compromissos firmados nos salões elegantes do fórum.

Com a saída de Schwab, que sempre esteve no centro de todas as decisões importantes, o WEF vive um momento de reavaliação. Um comitê especial foi criado para escolher o novo presidente. Os próximos meses vão mostrar se a organização vai manter a abordagem de sempre ou tentar se aproximar mais do público, buscando renovação diante de um cenário global cada vez mais exigente.

  • Klaus Schwab: fundador do WEF e líder desde 1971
  • Peter Brabeck-Letmathe: assume interinamente até o novo presidente ser escolhido
  • Davos: local do encontro anual, frequentemente criticado pela distância do público comum

Essa transição chama atenção principalmente porque o fórum tem papel central nas grandes conversas que ditam o futuro dos negócios e do meio ambiente. Se o WEF vai se reinventar sem Schwab, ainda não está claro. O que ninguém pode negar é que a saída dele encerra um dos capítulos mais longos (e controversos) da história recente do debate internacional.

Comentários (18)


intan irawati

intan irawati

abril 24, 2025 AT 04:33

Então o Klaus saiu... e agora? 🤔 Acho que o WEF virou um clube de elite que fala muito e faz pouco. Mas pelo menos ele não morreu no cargo. 🙃

marco pereira

marco pereira

abril 24, 2025 AT 17:30

Vocês não percebem que isso é só uma encenação? O sistema precisa de um novo rosto, mas a estrutura continua a mesma. O Davos nunca foi sobre democracia... foi sempre sobre controle disfarçado de diálogo. 🎭

Angelita Da silva

Angelita Da silva

abril 25, 2025 AT 05:08

Nossa, finalmente alguém vai tirar o Klaus do centro das atenções!!! 😍 Ele era tipo o Dumbledore do capitalismo global, mas sem magia e com mais relatórios... 🤡👏

Adriana Rios

Adriana Rios

abril 26, 2025 AT 01:46

A saída dele é um sinal claro de que o neoliberalismo está em crise de identidade. O WEF não é mais um fórum de ideias, é um laboratório de controle social disfarçado de sustentabilidade. A nova geração precisa de um novo paradigma - e não de um substituto do mesmo sistema.

silvana silva

silvana silva

abril 27, 2025 AT 12:13

E quem vai pagar por isso? Os pobres? Os trabalhadores? Ou só mais um monte de CEOs se reunindo pra falar de ‘equidade’ enquanto cortam salários? Vai ser a mesma ladainha, só com um novo nome na porta.

Neynaldo Silva

Neynaldo Silva

abril 28, 2025 AT 09:37

Fala sério, gente... o WEF tá mais pra um festival de networking do que um fórum de mudança. Mas se o Klaus saiu, talvez agora a gente consiga ver algo mais real, mais humano. 🤝 Brazil pode ser exemplo disso, se a gente quiser.

Luciene Alves

Luciene Alves

abril 30, 2025 AT 05:15

Esses caras acham que falar de ‘transição justa’ resolve a fome? Enquanto o Brasil entrega suas riquezas pra multinacionais, eles se reúnem em Davos pra discutir ‘inclusão’ com champagne! Nada de novo, só mais um show de mágica!

Feliipe Leal

Feliipe Leal

maio 1, 2025 AT 20:51

Schwab era o arquiteto do Grande Reset. Agora que ele saiu, o que resta? Um sistema que já está em colapso. A pergunta não é quem vai substituí-lo, mas se ainda vale a pena manter esse jogo.

Liliane Galley

Liliane Galley

maio 2, 2025 AT 01:28

Interessante ver como todo mundo tá reagindo. Eu só fico pensando: será que alguém lá dentro realmente acredita no que fala? Ou é só o trabalho deles?

Ana Dulce Meneses

Ana Dulce Meneses

maio 2, 2025 AT 06:59

Se o WEF quer ser relevante de verdade, precisa parar de ser um clube e começar a ouvir as pessoas que não têm passaporte de primeira classe. A transição é uma chance, não um ritual

Luana Oliveira

Luana Oliveira

maio 3, 2025 AT 03:04

Disruptive governance. ESG 3.0. Stakeholder capitalism. Tudo vazio. O novo presidente vai ter que lidar com a deslegitimação sistêmica. Não é só trocar o cara.

Juliane Chiarle

Juliane Chiarle

maio 3, 2025 AT 23:51

A saída de Schwab é um espelho da crise do sujeito moderno: não sabemos mais quem somos, então nos agarramos a figuras carismáticas. Mas quando elas vão embora, o vazio é maior. O WEF é a metáfora da nossa alienação coletiva.

Marcia Garcia

Marcia Garcia

maio 5, 2025 AT 18:41

eae galeraaaa... eu to aqui com meu cafezinho e pensando... será q o Klaus ta em uma praia em algum lugar com um coquito na mão? 😅

Belinda Souza

Belinda Souza

maio 7, 2025 AT 17:04

Mais um velho ricaço saindo do palco... e a gente continua pagando conta. O que eles fazem em Davos? Assinam papéis e vão jantar? Nada muda. 😴

Henrique Silva

Henrique Silva

maio 9, 2025 AT 10:57

Então o cara que criou isso tudo tá saindo... e agora? Quem é esse Peter? Ele vai mudar alguma coisa?

Eliete medeiros Medeiros

Eliete medeiros Medeiros

maio 11, 2025 AT 08:00

VAMOS FAZER MUDANÇA REAL! NÃO SÓ TROCAR O NOME NA PORTA! 💪🔥 O mundo precisa de gente que ouve, não só de quem fala em salões!

Luiza Beatriz

Luiza Beatriz

maio 11, 2025 AT 09:23

O WEF é uma piada. Eles querem salvar o planeta com NFTs e metaverso enquanto o povo morre de fome. E agora? Vão trocar o velho por um mais jovem? Ainda é a mesma merda!

bruno de liveira oliveira

bruno de liveira oliveira

maio 13, 2025 AT 00:18

É importante lembrar que o Fórum Econômico Mundial nasceu como um espaço de diálogo entre setores que, até então, não se falavam. Schwab teve méritos nisso. Mas hoje, o problema não é só ele, é o modelo: o poder está tão concentrado que qualquer mudança de figura não resolve a estrutura. A transição precisa ser mais profunda do que uma troca de presidente - precisa de descentralização, transparência real e participação popular. Sem isso, o WEF vai continuar sendo um teatro de elite, mesmo com um novo ator no palco.

Escreva um comentário

Postar Comentário